domingo, 12 de março de 2023

Críticas e expectativas para o Oscar 2023!

Mais uma vez chegamos nessa época do ano que eu amo tanto! Hoje é a noite da 95ª edição do Oscar, a premiação mais conceituada de Hollywood, e eu não pude deixar de vir aqui comentar as minhas previsões e expectativas sobre os ganhadores da noite. Já deixo um spoiler de que eu tenho um favorito bem claro para esse ano. Também faço algumas reflexões sobre a premiação e o que eu tenho achado sobre as últimas edições. Vamos nessa?


A cada ano que passa eu percebo mais o quanto o Oscar é essencialmente uma premiação comercial e comprada, voltada para a mídia, ao invés de premiar verdadeiramente de acordo com valores artísticos e prestigiar aqueles criadores que podem ser considerados os "melhores" (o que também é algo muito subjetivo, na verdade). 

Esse ano foi possível perceber isso de forma ainda mais escancarada com a polêmica da atriz Andrea Riseborough. Ninguém esperava que Andrea fosse indicada na categoria de melhor atriz deste ano, que é, inclusive, a única indicação que o filme independente "To Leslie" recebeu. 

O processo de indicação para o Oscar acontece após um período de campanha feito pelos agentes, produtores e outros envolvidos no processo de criação do filme ou da carreira do(a) ator/atriz. O The New York Times descreve esse período da seguinte forma: "Uma corrida típica do Oscar é como uma temporada de 'Round 6' repleta de roupas de gala, em que um grande número de esperançosos são peneirados até que sobrem poucos sobreviventes". É preciso criar e manter o interesse do público do momento em que o filme é lançado até a votação para decidirem quem serão os indicados, o que não é tão simples assim. 

A campanha para a Andrea estava bastante morna, e quase ninguém esperava que viesse uma indicação para ela. Perto do dia das votações, de repente, diversas celebridades começaram a advogar pela atriz e exaltar a sua atuação no filme, alegando que hoje em dia são poucos os filmes independentes como esse. Ninguém estava entendendo nada, até que descobriram que se tratava de uma campanha tardia promovida pela agência da atriz. A campanha em si nunca foi o problema, mas sim a forma como foi feita. O padrão da indústria é fazer campanhas caríssimas que se prolongam por meses por meio da realização de festas, participação em tapetes vermelhos, homenagens em festivais de cinema, inúmeras formas de propaganda, etc. Ao invés disso, utilizaram de recursos simples e baratos. 

A revolta gerada pela indicação da atriz apenas pela forma como sua campanha foi conduzida prova o tanto que essa premiação é voltada para aqueles que tem mais contatos, mais dinheiro, mais fama ou todos os anteriores juntos. Se para sequer ser cogitado para ser indicado é necessário passar por campanhas caríssimas, filmes e atores/atrizes excelentes ficam de fora apenas por não estarem dentro de Hollywood. O filme brasileiro "Marte Um", por exemplo, ficou de fora da disputa esse ano, apesar da sua campanha feita pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. 

Não é sobre meritocracia (igual nada nunca é no capitalismo). No fim, a possibilidade de entrar vai para aqueles que possuem mais recursos. Não é sobre quem é melhor, é sobre a divulgação dos filmes mais comerciais de Hollywood de cada ano, uma massagem no ego dos criadores para que seus filmes possam ser chamados de "ganhadores do Oscar" e assim conseguirem mais atenção e, no fim, dinheiro.

Esse é apenas um dos dramas presentes no Oscar. Pessoalmente, acho que o preconceito com alguns gêneros de filme diminui muito o nível e padrão da premiação. CADÊ OS FILMES DE TERROR? A forma como "Nope", de Jordan Peele", foi desprezado esse ano é muito chocante (na verdade decepcionante, não tão chocante assim). Eu entendo que pode não ser um filme fácil de assistir, já que não é aquela narrativa clássica que estamos acostumados, mas a atuação de Daniel Kaluuya e Keke Palmer mereciam ter sido mais valorizadas. Mas, principalmente, os aspectos técnicos do filme merecem todo o reconhecimento possível: os efeitos especiais estão perfeitos e os efeitos sonoros estão melhores ainda (acho que é impossível esquecer da cena que as pessoas são engolidas pelo OVNI).

O Oscar tem seu valor, isso é inegável. É um prestígio enorme ser reconhecido pela Academia, por mais que muitas vezes não seja por meio da votação mais honesta possível (apesar de que eu acho que ainda está melhor do que a do Grammy). Mas na maioria das vezes não dá pra dizer que os indicados não mereceram estar ali. Poucos entendem o tanto que é um trabalho enorme criar um filme. Na época do smartphone e da internet, que todos tem acesso fácil a uma câmera e um serviço de edição de vídeos, pode parecer algo simples, mas é muito mais difícil do que se imagina. Então por mais que eu não confie na votação do Oscar, eu tenho certeza que é um reconhecimento para toda a sua carreira. É a marca oficial que você conseguiu entrar em Hollywood, e deve ser encarado com muito orgulho.

É a partir dessa perspectiva que eu tento manter viva minha tradição de assistir os filmes do Oscar todos os anos e acompanhar a premiação. Assim como no ano passado, esse ano eu não tenho tantos filmes queridinhos e favoritos. Mas um deles me conquistou e já virou um dos meus favoritos da vida, e pra mim deve ser o grande ganhador da noite: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. Poderia passar o resto da postagem elogiando e falando tudo que eu gosto nesse filme (e provavelmente é isso mesmo que vai acontecer). Inclusive, a primeira foto dessa postagem segue minha ordem de preferidos do ano, indo de EEAAO (meu favorito) até Nada de novo no Front (menos favorito). Mas vamos por partes, ou melhor, por categorias. Começando do principal prêmio da noite:


Melhor filme: Este ano, pra mim, não tem outro concorrente à altura de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (Everything Everywhere All At Once, em inglês, ou EEAAO). Acho que foi não só o melhor filme do ano, como o melhor filme da década e, quiçá, do século. Lembro perfeitamente quando assisti ele pela primeira vez, como parecia que meu mundo inteiro tinha mudado de repente. Pra mim, EEAAO não ganhar esse prêmio será igual a Beyonce não ganhar o prêmio de AOTY no Grammy desse ano: uma enorme injustiça e um roubo escancarado. É meu queridinho e meu favorito desse ano e deveria ganhar em todas as categorias que foi indicado, sim! Estou com ele até o fim.

O filme, com grandes estrelas de Hollywood no seu elenco e um orçamento trilionário, foi capaz de criar um enredo e uma imersão cinematográfica muito mais divertida e profunda que muitos outros filmes recentes com produções semelhantes. Ele não apenas entretém o espectador (principalmente durante a primeira parte), mas emociona e traz diversas mensagens e reflexões (que foram muito importantes pra mim nesse momento da minha vida). EEAAO já é o grande ganhador da noite e do ano (já se tornou o filme mais premiado da HISTÓRIA), mesmo que não ganhe de verdade, já se tornou um clássico. 

Admito que não consegui assistir todos os filmes esse ano (faltou Tár, Women Talking e Elvis). Alguns deles, sinceramente, acho que nem deveriam estar aqui (estou olhando pra vocês Top Gun e Elvis). Porém, dos que vi, gostei muito de Avatar, The Fabelmans e Triângulo da Tristeza. Acho que caso EEAAO não ganhe, The Fabelmans e The Banshees of Inisherin têm boas chances de levar o prêmio.

Quem ganhou: TUDO!! EM!! TODO!! LUGAR!! AO!! MESMO!! TEMPO!!!


Melhor atriz: Essa talvez seja a disputa mais concorrida deste ano. Apesar da polêmica com Andrea durante o período de campanha, as favoritas para o prêmio são Michelle Yeoh e Cate Blanchett, cuja disputa está causando um grande alvoroço na internet. Claro que, para mim, Michelle merece esse prêmio como ninguém. Sua atuação em EEAAO foi espetacular, um retorno triunfal à Hollywood, e ela merece ser prestigiada esse ano como ninguém. Além disso, apenas 1 mulher não branca ganhou esse prêmio em todas as 95 edições da premiação, sendo mais um motivo para Michelle vencer e acabar de vez com essa estatística tenebrosa. 

Outra indicada que me chamou muita atenção foi Michelle Williams, que está incrível em The Fabelmans. Infelizmente, não acho que será dessa vez para ela. Cate Blanchett com certeza também merece a estatueta. Como mencionei, não assisti ao filme Tár, mas amei o que pude ver da atuação dela. Não que seja desculpa, mas a Cate já levou essa estatueta em uma outra edição, então acho que agora é a vez da Michelle Yeoh! 

Quem ganhou: MICHELLE YEOH!!!!!!


Melhor ator: Outra categoria que está dando o que falar é a de melhor ator. O retorno de Brendan à Hollywood merece todo o prestígio possível. A atuação dele em A Baleia está de tirar o chapéu. O filme inteiro, inclusive, é maravilhoso, e merecia uma vaga nas indicações de melhor filme ao invés de outros fillers. Entretanto, um dos favoritos para o prêmio é Austin Butler, que interpretou o cantor Elvis em sua cinebiografia. Novamente, não assisti o filme para dizer com certeza, mas esse filme me parece uma grande estratégia comercial para promover e limpar a imagem de Elvis, que já esteve envolvido em diversas polêmicas, algumas delas criminosas, e que estavam sendo comentadas com bastante frequência na internet. 

Sem dúvidas filmes biográficos são sempre um hit, com suas narrativas clássicas e covers de músicas populares, o que talvez seja um dos motivos para o Oscar gostar tanto do filme. Acho que, no fim das contas, filmes como esse são importantes pra sobrevivência do cinema, então reconheço o valor dele. Porém, não acho que a figura de Elvis, mesmo que em uma interpretação por outro ator (que fez um ótimo trabalho, diga-se de passagem), mereça muito prestígio, e o que Brendan Fraser fez em A Baleia é algo original, profundo e inovador, que pode ter um impacto positivo em várias famílias (inclusive a minha). Por isso, estou torcendo para Brendan dessa vez.

Caso não seja a vez do Brendan, não acharia ruim caso Colin Farrell ou Paul Mescal ganhem, ou até mesmo Bill Nighy. Todos os três também se destacaram muito e merecem o prêmio.

Quem ganhou: BRENDAN FRASER!!


Melhor atriz coadjuvante: STEPHANIE 👏 MOTHERFUCKING 👏HSU 👏!!! Felizmente tive o prazer de conhecer essa atriz com EEAAO, e já estou apaixonado. Vinda da Broadway, este foi um dos primeiros papéis que Stephanie conseguiu no cinema e em Hollywood, e já de cara conquistou uma indicação para o Oscar. Que atriz, que fenômeno! Acho que ela merece todo reconhecimento possível (já me deixa extremamente feliz que ela tenha ganhado o Spirit Awards), e acharia magnífico se ela ganhasse o Oscar esse ano. Infelizmente, ela está concorrendo ao lado de dois ícones de Hollywood, Angela Bassett e Jamie Lee Curtis, e nenhuma possui Oscars até hoje (um absurdo!). Isso potencialmente diminui as chances dela esse ano, mas tenho certeza que encontraremos ela aqui novamente em breve. Menção honrosa também para Kerry Condon e Hong Chau, que fizeram trabalhos incríveis esse ano. Não me surpreenderia em vê-las ganhando.

Quem ganhou: Jamie Lee Curtis!!


Melhor ator coadjuvante: KE👏 HUY👏 QUAN👏!!! Outro retorno maravilhoso à Hollywood e que surpresa perfeita. Waymond, o personagem de Quan em EEAAO, se tornou instantaneamente meu personagem favorito da VIDA. A forma como os Daniels escreveram o personagem tem seus méritos, mas a interpretação de Quan deu vida e forma a ele. A sensibilidade dele é encantadora e, em geral, é muito prazeroso vê-lo atuando. Waymond se tornou uma grande inspiração de vida para mim, poderia até mesmo estar concorrendo na categoria de melhor ator (apesar de talvez ser melhor ele estar aqui para não ter que enfrentar Brendan e Austin nessa já acirrada disputa). 

Nada me faria mais feliz do que os três prêmios de atuação irem para a família de EEAAO. Eles merecem muito, todos retornando ou chegando em Hollywood de maneira triunfal, seria um momento histórico. Porém, Barry Keoghan em The Banshees of Inisherin está incrível. É difícil dizer quem vai ganhar, mas qualquer um dos dois me deixaria feliz (mentira, quero muito que Ke Huy Quan ganhe!!!!!).

Quem ganhou: KE HUY QUAN!!!!!!!!


Melhor direção: Novamente, e acho que a essa altura você já percebeu que estou totalmente fiel a EEAAO, acho que a opção que faz mais sentido é os Daniels. O que eles fizeram com EEAAO não é visto em qualquer filme. Uma técnica incrível em um filme extremamente difícil de dirigir. Acho que eles merecem muito. Mas The Fabelmans, de Spielberg, também possui uma direção invejável e que será usada em aulas de cinema nos próximos anos. Um filme que conta a história de um jovem diretor em ascensão, que brinca com o ato de dirigir de uma forma que quebra a quarta parede e com metalinguagem, provavelmente tem chances altíssimas de ganhar um prêmio que é justamente sobre isso. E será mais do que merecido.

Quem ganhou: OS DANIELS!!!! AAAA


Melhor roteiro original: Aqui não tenho dúvidas em dizer que EEAAO é um grande competidor. O roteiro desse filme é extremamente bem escrito. Como é possível fazer um filme com tantos multiversos, tantos personagens repetidos porém de universos diferentes, sem se perder durante o caminho, e utilizando elementos de comédia e uma reflexão profunda enquanto isso? Apenas os Daniels poderiam dizer. Mas The Banshees of Inisherin e The Fabelmans também são bastante competentes no que se propõem a narrar, então acredito que as chances de um dos dois ganhar são bem altas.

Quem ganhou: EVERYTHING EVERYWHERE ALL AT ONCE!!!


Melhor roteiro adaptado: Saindo um pouco da panelinha dos mesmos filmes, meu favorito para roteiro adaptado é, sem dúvidas, Glass Onion. Eu possuía expectativas altíssimas para a continuação de Knives Out, que é um dos meus filmes favoritos de 2019, extremamente inteligente e divertido. Glass Onion não decepcionou e, ao contrário, foi além, com mais um roteiro muito inteligente (não tanto quanto o primeiro, mas com diálogos tão bons quanto, senão melhores, e com um tom de comédia único, que me faz querer mais e mais) e um plot twist inesquecível, sem contar o elenco espetacular. Por mim, esse filme teria sido indicado para melhor filme, mas nem todo mundo tem um gosto tão bom quanto o meu, infelizmente (por dentro estou surtando). Caso Glass Onion não ganhe, aposto em Top Gun (foi muito bem falado no seu retorno e, tirando essa categoria, não acho que vá levar muita coisa) ou Living (um roteiro de ninguém mais ninguém menos que Kazuo Ishiguro? Não precisa dizer mais nada).

Quem ganhou: Women Talking (Sarah Polley)


Melhor animação: Um dos poucos anos que o concorrente da Disney não é o mais cotado. Esse ano a Netflix e a Dreamworks vieram com tudo, e a adaptação de Guillermo del Toro para Pinóquio, com suas brilhantes analogias e a história contada como nunca antes, recheada de críticas sociais e mais comovente do que nunca, provavelmente será o grande ganhador de animação da noite. Não dá pra negar: o que Del Toro conseguiu fazer com Pinóquio provavelmente também será considerado um clássico nos próximos anos. 

Mesmo assim, o filme com o qual eu mais me conectei foi Gato de Botas 2. A sequência do spin-off da sequência de Shrek, um filme baseado em um livro, surpreendentemente (talvez nem tanto assim, a Dreamworks é uma empresa bastante competente, na verdade) roubou meu coração este ano e me emocionou como nenhum outro da categoria. Merecia sim o reconhecimento. Também adorei Turning Red, não vou negar, é um filme muito especial, mas acho que não ganha esse ano. Ainda não assisti Marcel The Shell With Shoes On, nem The Sea Beast, mas não me surpreenderia se ganhassem também. Ouvi dizer que estão incríveis. É um ano bom para os filmes de animação.

Quem ganhou: Pinóquio.

    
Melhor filme estrangeiro: Não tenho nem o que falar sobre Close, além de que deveria ter substituído Nada de Novo no Front na categoria de melhor filme. Que filme incrível! Tocante, perfurante, arrepiante, perturbador. É triste reconhecer nossa sociedade em um filme que a critica de forma tão realista. A perda da inocência, a angústia de não poder ser quem é, a dor do tamanho do mundo que temos quando criança e não sabemos nem entendemos como lidar com nossos sentimentos e pensamentos. É um filme sobre perda, sobre luto, sobre como precisamos ser melhores. Assim que saí do cinema quis imediatamente voltar e assistir de novo, é de uma sensibilidade e delicadeza tão bela, tão emocionante, mas, talvez mais do que tudo, visualmente deslumbrante. É uma experiência difícil, mas que acho que deveria ser vivida por todos em algum momento. 

Em contraste, acho que as chances de Argentina, 1985 ou Nada de Novo no Front ganhar são grandes (principalmente Front, afinal, indicaram até mesmo para melhor filme). Pessoalmente, filmes de guerra não me atraem, pra mim são mais do mesmo e quase nunca são originais no que propõem. Na maioria das vezes eles também são propaganda militar, o que é péssimo e um desserviço pra sociedade. A proposta desse, pelo que percebi, era trazer o espectador para dentro da guerra, fazê-lo sentir como se estivesse lá, sentir a dor, principalmente emocional, como os personagens, com o uso de imagens bastante gráficas, realistas e sanguentas. Isso não me choca e, na verdade, me entedia. Eu sei que foi um período de terror, não sou criança para precisar "vivenciar" isso pra saber. E as crianças definitivamente não são o público alvo desse aqui. Mas talvez, na sociedade esquecida em que vivemos, esse tipo de filme seja importante para evitarmos o erro de querer repetir o passado. No meu ponto de vista, o recado já basta. O prêmio deveria ser de Close. 

Quem ganhou: Nada de Novo no Front.


Outras categorias:

Essas foram as principais categorias. De agora em diante, vou apenas comentar brevemente as outras categorias:

Melhor Canção Original:
E voltamos para EEAAO. This is Life, do Ryan Lott, David Byrne e, claro, da querida Mitski, é emocionante demais. Só de pensar que minha Mitski poderá ser uma Oscar winner... Chills! Mas, quando você concorre contra a Lady Gaga e a Rihanna fica um pouco difícil... Quem ganhou: Naatu Naatu (RRR).

Melhor Maquiagem e Cabelo:
O que fizeram com Brendan Fraser em The Whale foi surreal! Quem ganhou: The Whale.

Melhores Efeitos Especiais:
Chocante como esnobaram EEAAO dessa categoria. O que mais merecia! Entre os indicados, votaria em Avatar, provavelmente. Mas todos se sobressaíram, entenderia a vitória de qualquer um deles! Quem ganhou: Avatar.

Melhor Trilha Sonora:
Uma das poucas indicações de Babylon, outra grande injustiça! O filme deveria com certeza estar como melhor filme também. Mas, só de JUSTAMENTE estar como melhor trilha sonora já fico feliz. Merece demais. Claro que EEAAO e The Fabelmans também estão aqui, grandes concorrentes. Sem falar em Front e Banshees. Essa aqui vai ser difícil. Quem ganhou: All Quiet on the Western Front.

Melhor Som:
Pessoalmente, votaria em Avatar. Mas também temos The Batman em uma de suas poucas indicações, Elvis (um filme praticamente musical), Top Gun e Front. Não sei em quem apostar, mas estou torcendo por Avatar. Quem ganhou: Top Gun.

Melhor Figurino:
EEAAO, sem dúvidas! Inúmeros multiversos! Vários personagens trocando de roupa múltiplas vezes! Os figurinos de Stephanie Hsu e Michelle Yeoh estão impecáveis! Estou com EEAAO e ponto final. Quem ganhou: Wakanda Forever.

Melhor Fotografia:
Uma das categorias que menos assisti aos filmes. Acredito que Tár tem uma fotografia incrível, mas não tenho como comparar com os outros. Acho que Close tem uma das melhores fotografias entre os filmes desse ano, lindíssima! Poderia ter sido indicado... Quem ganhou: All Quiet on the Western Front.

Melhor Montagem:
Everything!
Everywhere!
All!
At!
Once!!!!!!!!!!!
E pronto, acabou.

Quem ganhou: EEAAO!!!! 


Não sei o que mais dizer além de: ASSISTAM EVERYTHING EVERYWHERE ALL AT ONCE!! É um filme indescritível, é uma experiência. Definitivamente meu favorito e não consigo esconder meu favoritismo. Entendo que não é pra todos, mas é preciso reconhecer o seu valor. Espero que ganhe em tudo que foi indicado, certamente vai ser merecido. 

Que siga o exemplo do Spirit Awards desse ano, uma premiação dedicada a filmes independentes, que definitivamente me surpreendeu e premiou EEAAO em quase todas as oito categorias que foi indicado. Em geral, apenas as indicações do Spirit Awards já dão de 10 a 0 no Oscar, com uma variedade muito maior de filmes, diretoras indicadas à melhor direção, filmes com temáticas de terror (como Bones and All, Pearl e Bodies Bodies Bodies, que também fizeram falta no Oscar este ano) e com o incrível Aftersun indicado a diversas categorias, outro grande filme desprezado no Oscar (com exceção da indicação de Paul Mescal como melhor ator).

Por isso, firmo meu compromisso com o Spirit Awards a partir do ano que vem. Vou começar a acompanhá-lo, assim como faço com o Oscar. Ganhar um Oscar é um grande prestígio, sim, mas uma premiação com diversas polêmicas e problemáticas não pode se manter como o centro das atenções para sempre. Vamos dar ao Oscar o verdadeiro valor que ele merece e priorizar premiações que realmente se importam com qualidade e dar prestígio a quem merece. Sim, queridos, tudo isso pois premiaram em peso EEAAO, é fácil assim me ganhar).

E também quero ouvir de vocês: quem são as suas apostas? Se está lendo depois da cerimônia, quem você preferia que tivesse ganhado? O que achou dos meus favoritos? Vamos interagir!!

Obrigado a todos que leram até aqui e obrigado por continuarem acompanhando o blog. Vamos nos divertir nessa noite! Vejo vocês depois, até mais!

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